Biologia do cérebro e a memorização

Biologia do cérebro e a memorização

Tenho uma filha de cinco anos que se chama Maria Clara. Como toda criança, ela adora livros infantis. Estes livros seguem um padrão. Todos eles tem ilustrações que ocupam quase toda a página e pouquíssimo texto. Ela ainda não sabe ler, por isso, eu e minha mulher lemos pra ela. Nós não apenas lemos as estórias, mas as interpretamos (o que a gente não faz pelos filhos… rs). Mas, às vezes, interpretar a estória não é uma opção, e sim uma necessidade. Percebo claramente a redução do interesse dela quando me esforço menos na minha interpretação. A criança é espontânea e sincera. Não esconde seus sentimentos e por isso sabemos quando estão entediadas. Ela não finge interesse para não te magoar.

Quando apresentamos, temos sempre a intenção de não causar sono nos ouvintes, pois queremos que a mensagem seja passada. Temos um objetivo a cumprir ali e seja lá qual for, vai por água a baixo quando causamos cansaço. O nosso cérebro não presta atenção em gráficos, números, longos textos, e afirmações vazias. E sim em estórias bem contadas e ilustradas de forma interessante. Temos que ser bons contadores de histórias e usar nossos slides para complementar e reforçar nossa mensagem e ajudar a criar emoção.

dopamina

Nosso cérebro produz algumas substâncias que são neuro-transmissoras, ou seja, possibilitam a comunicação entre os neurônios.  Os efeitos produzidos por esta função são: aumento na capacidade de memorizar, de permanecer atento, estar de bom humor, entre outras. Algumas destas substâncias tem sua produção estimulada quando recebemos algum tipo de emoção. São elas: dopamina e serotonina. Elas agem como um “post-it mental”. Lembramos das coisas que nos emocionam. Eu tenho pouquíssimas lembranças da minha infância de 0 a 5 anos, mas me lembro com bastante clareza dos momentos de maior emoção.

Nossas apresentações devem emocionar. Para isso, temos que seguir o exemplo do livro infantil. Em primeiro lugar, antes de ir para o computador, devemos criar nossa apresentação como se estivéssemos criando uma estória. Com início, meio e fim. Em segundo, devemos explorar os recursos visuais da nossa ferramenta de apresentação. O design será um importante recurso para complementar nossa mensagem falada com emoção.

Boa apresentação!

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